Quarenta Por Vinte

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Trabalho de Marcação de Indução (Y) @ Marquinhos Xavier

Trabalho de Marcação de Indução (Y) 
http://media-futsal.weebly.com/artigos.html

"O trabalho de marcação de indução não é um sistema de marcação, mas sim uma atividade prática para ajustes de marcação e demais variáveis.

Consiste na formação de quatro bases de marcação em formato ípsilon (Y), onde as duas primeiras bases são as bases formadas em linha frontal e as bases de trás são laterais. Desta maneira se distribuem na quadra com objetivo de induzir o ataque adversário para um dos dois lados da quadra e promover as abordagens.

A partir da saída das duas bases frontais todo sistema é "desmontado" e passa a pressionar o sistema de ataque de forma individual, acelerando assim o processo de movimentação provocando (objetivo) o erro e possibilitando a construção dos desenhos de contra-ataque.

A atividade promove ajustes da marcação, rotações defensivas e coberturas, assim como, oportunizarão as formações de contra-ataques 4x3, 4x2, 3x2, 3x1, 2x1, 2 x Goleiro, Contra Diretos (1 x Goleiro) e Ataques em velocidade 4x4 valendo-se da desorganização defensiva do adversário.

Percebemos que a atividade contempla um volume de opções importantes, sua dinâmica e correção dependerão do foco principal da sessão de treinamento em questão."

A atividade não é blindada e por esta razão poderá ser modificada, adaptada ou melhorada conforme as necessidades e característica de cada profissional.

Está é mais uma atividade a disposição do Futsal Mundial.



Marquinhos Xavier - Treinador de Futsal 


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Estamos a formar ou a formatar? @ Francisco Fardilha


Não raras vezes ouvimos o discurso da importância da formação enquanto base para as equipas séniores. Da importância da formação não só desportiva como pessoal e social. Da necessidade de contar com os melhores treinadores nos escalões mais jovens.
Mas sabemos que da teoria à prática vai, normalmente, uma grande distância e que muitos são os clubes que olham para as suas academias ou escolinhas mais como fontes de rendimento para garantir a sustentabilidade dos escalões superiores do que como um verdadeiro pilar justificador da sua existência.
Ora, essa visão redutora faz com que o tempo dedicado à idealização e planificação do trabalho – definição da filosofia de jogo, escolha da(s) metodologia(s) capaz(es) de a(s) operacionalizar, etc. - que se faz na formação seja em larga medida insuficiente, o que leva, por exemplo, a alguns erros de casting na escolha de treinadores e directores. A ideia de «melhores treinadores» é bem mais complexa do que à primeira vista pode parecer, uma vez que há técnicos com um perfil de maior aptidão para trabalhar com equipas séniores e outros com maior capacidade para lidar e compreender os e as mais pequenas.
Também o recrutamento é outra questão fundamental para quem trabalha na formação. Há, por esse País fora, inúmeros meninos e meninas com potencial para virem a ser bons jogadores e jogadoras de futsal. Há, por esse País fora, inúmeros torneios e competições de desporto escolar, torneios de colectividades, jogos concelhios, etc. O que não há, muitas vezes, é paciência e disponibilidade dos membros dos clubes para, primeiro, sacrificarem fins de tarde ou sábados de manhã em «missões de observação» e, depois, gastarem o tempo necessário a ensinar-lhes o Jogo, assim como as regras inerentes ao funcionamento de um grupo.
Além de todos estes itens, outro surge (ou deveria surgir) enquanto grande problema/dúvida a merecer a atenção de treinadores e dirigentes: como formar? Que conteúdos ensinar? De que forma?
Não se estará, muitas vezes, a formatar os jovens jogadores em vez de os formar? Ensinam-se sistemas tácticos – 2:2, 3:1, 4:0 -, ensina-se defesa zona, individual, mista. Ensina-se passe e recepção, movimentações. E castra-se o lado de «bons selvagens», o lado criativo e sonhador que muitos dos mais petizes, na sua doce inocência, carregam nos pés...e, acima de tudo, na cabeça. Mas depois todos falam do Falcão, do Ricardinho, do Cristiano Ronaldo e afins.
É muito mais complicado planificar treinos de uma forma aberta, promovendo a tomada de decisão, do que insistir na aplicação de receitas – leia-se exercícios – que as equipas séniores – e as da 1ª divisão e as espanholas e as selecções... - também fazem, como se isso fosse uma prova cabal de desenvolvimento e competência.
Se o jogo é imprevisível, se foge a padrões estandartizados, se é não-linear, como podemos procurar ensinar receitas? Isto aplica-se a todo o treino de jogos desportivos colectivos, mas aplica-se com especial prioridade à formação, já que me parece absolutamente essencial que nos foquemos em promover a capacidade de resolução de problemas através da potencialização das características únicas e diferenciadoras dos nossos jogadores, do que indicar-lhes continuamente uma única via ou perspectiva. Isto tendo sempre em atenção os estádios de desenvolvimento de cada um – e as diferenças inerentes a cada género – ao mesmo tempo que se procura uma organização que respeite determinados princípios, construtores de uma identidade, de um jogar específico.
Ainda assim, não podemos esquecer que a capacidade de aprendizagem tem diferentes ritmos dentro de um mesmo grupo. É prioritária a compreensão da necessidade de se trilhar aquilo que José Mourinho apelida de «descoberta guiada».
Em suma, formar sem formatar é um enorme desafio. Complexo porque implica grandes dispêndios de tempo em reflexão, aprendizagem, operacionalização e avaliação. Mas se queremos efectivamente evoluir; se queremos ser cada vez mais competentes e competitivos; se queremos vir a tornar-nos sólidas referências no panorama futsalístico mundial, não podemos continuar a refugiar-nos em discursos batidos, que de tão repetidos deixam de ser levados a sério. Devemos sim, perceber a necessidade de olharmos para estas temáticas com outros olhos - mais sérios e responsáveis - e perceber que, quem está na formação, tem o poder de criar um bom ou mau futuro para o nosso futsal. De formar formatando, ou de formar promovendo o talento e levando às nossas quadras a magia de que tanto gostamos.

Francisco Fardilha - www.5x4.eu

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Escolha do Método Defensivo vs Linha de marcação @ Emídio Rodrigues



A escolha do método defensivo pretendido (zona, individual ou misto) obedece sempre a um conjunto variado de situações que o treinador deve ter em conta. As vantagens e desvantagens que cada um apresenta são amplamente referenciadas na literatura da especialidade. No entanto, uma questão que raramente aparece citada prende-se com a variação do método a utilizar em função da linha de marcação onde se pretende iniciar a pressão. Ou seja, será o mesmo utilizar o método defensivo zonal defendendo nos dez metros adversários do que defender a meia quadra? Obviamente que existem uma multitude de variáveis que tem que ser questionadas, desde simples adaptações estratégicas, concepção do treinador, até à organização ofensiva utilizada pelo adversário, entre outras.
Deste modo, este pequeno artigo pretende fazer uma simples análise prática de algumas situações que, me parece, dificultam uma defesa zonal em locais do jogo mais avançados. O que pressupõe uma adaptação constante dos métodos defensivos.

Primeiro exemplo:
Sistema táctico adversário 3:1
Método defensivo zonal com trocas defensiva na paralela, diagonal e entrada do ala

Sistema táctico 3:1
Método defensivo zonal



Na realização de uma paralela (nº3) o jogador que se encontra na posição de pivô (nº5) deve em primeiro lugar aclarar no espaço, providenciando uma linha de passe ao ala esquerdo (nº2) (Fig. 1 e 2). Variando sempre em função dos processos defensivos adversários. O que se verifica, por vezes em jogos da 1ª divisão portuguesa, é que existe uma pressão imediata ao portador da bola (nº2) de forma a limitar rapidamente as linhas de passe ao mesmo. Assim, na minha concepção, o jogador pivô depois de aclarar deve realizar uma aproximação, pelo corredor central, formando um triângulo, ou seja duas opções de passe imediatas (nº5 e nº3), bem como o GR (nº1) e o jogador que se encontra a dar o equilíbrio à circulação táctica, garantindo a cobertura ofensiva (nº4). Neste caso, deverá ser importante dizer ao pivô que deve aclarar no espaço deixado pelo fixo. Outro dos princípios patente na Fig.1 e 2, é que o ala contrário terá que ter precauções de modo a garantir, se necessário, o início do processo defensivo.

Problemas comuns e adaptações estratégicas:
1-  A distância existente entre o pivô e a troca defensiva entre a 3ª e a 4ª linha defensiva;
2-  A entrada da bola no pivô que se encontra na ala que a devolve de primeira (3*2)


É comum verificar-se a utilização do pivô do lado contrário à bola e ligeiramente em profundidade relativamente aos restantes elementos. Na tentativa de contrapor uma defesa zonal ou mista, a realização de uma paralela leva à criação simultânea de alguns problemas:

- Se o jogador nº5 não for acompanhado na paralela (Fig.3), irá verificar-se uma basculação defensiva (Fig.4), ficando o defensor que se encontra na linha defensiva mais recuada com o jogador que entra e simultaneamente o defensor que se encontra na ala contrária terá que baixar, afim de ocupar a 4ª linha defensiva. A grande questão centra-se na distância que o defensor tem que percorrer para realizar a basculação defensiva. Ou seja, sempre que o jogador que entrar na paralela realizar uma entrada muito curta, vai criar dificuldades impossibilitando muitas das vezes uma cobertura defensiva adequada sobre o portador da bola, bem como, pode impossibilitar a intercepção do passe para o pivô, sobretudo se este for feito de primeira e rasteiro.

Sistema táctico 3:1 c Pivot em Profundidade

Basculação defensiva

Espaço a percorrer pelos defensores



Uma segunda questão que se pode colocar verifica-se quando o jogador nº2 passa a bola para o nº5 que lha devolve efectuando rapidamente um passe para o nº4 e entra na paralela pela frente quebrando na zona central (Fig.6). Se colocarmos o pivô do lado da bola poderemos criar uma situação de superioridade numérica efectuando um passe ao pivô que de primeira devolve a bola para o corredor central (Fig.7). Esta situação poderá colocar grande indefinição na organização zonal adversária, se associarmos a uma circulação rápida da bola, variando de uma ala para a outra, a profundidade do pivô, bem como, a entrada do ala nº5.

                
Movimentação no Sistema Táctico 3:1 Central
Passe do Pivot para o corredor


Em jeito de conclusão, final parece-me que a utilização do método defensivo deve variar em função da linha de marcação pretendida pelo treinador, baseando-se essencialmente no conjunto de problemas que a organização ofensiva adversária possa criar. Invariavelmente, as características dos nossos jogadores e dos adversários terá que ter um peso fundamental nessa escolha, bem como em todas as adaptações estratégicas.

Emídio Rodrigues (memidio@gmail.com)





quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A questão dos Circuitos @ Pedro Pipa


Quantos de nós já ouvimos colegas nossos a defender e outros a criticar "Circuitos"?

Pois bem, eu não sou muito adepto de os fazer pois acho que é de algum forma chata para os jogadores, preferindo organizar exercícios que trabalhem as capacidades pretendidas pelos tais circuitos dentro do que é o meu Modelo de Jogo, o que me permite, além do trabalho realizado, estar sempre focado no que é a Identididade que pretendo criar nos meus jogadores (Identidade Colectiva).

No entanto não posso deixar de admitir que os faço, não com muita regularidade (+- 1 vez por Mesociclo),  pois acho que englobam de uma forma mais consistente e sequencial algumas das capacidades que pretendo trabalhar que um exercício condicionado com bola.

Como exemplo disso, aqui vos deixo um Circuito que costumo realizar com a minha equipa:

Circuito de Resistência Anaeróbia Aláctica
Volume: 3 Séries | 5 Repetições | 35 Metros
Recuperação: 45'' Activo | 3 Séries
Duração: Aproximadamente 30''
Intensidade: Máxima
Conteúdo: Força Explosiva, Velocidade de Reacção, Finalização



Clicar na Imagem para Ampliar

... e vocês? qual é a vossa opinião sobre a realização de Circuitos?


Abraço
Pedro Pipa

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A psicologia no Treino @ Gabi Fernandes

A psicologia no Treino de Futsal


Achei por bem colocar este tema em debate por variadas razões, mas aquela que mais me motivou, foi o recente acontecimento que se abateu na minha equipa, (falecimento repentino de um atleta).

A aplicação da psicologia no treino de Futsal tem sido, nestes últimos anos, muito importante. Acho que mais importante para nós, enquanto treinadores, do que para os jogadores, se bem que estes possam sempre beneficiar  do nosso conhecimento e avaliação dos mais variados fatores da conduta humana. Como reagir e lidar com os mais diversos comportamentos psicológicos numa situação de falecimento? Alguém tem um manual? Pois eu digo-vos que foi uma das tarefas mais complicadas da minha curta carreira de treinador.


Eu tenho por hábito, no inicio de cada época desportiva, criar um dossier do atleta, onde contempla variada informação. A criação do dossier tem em vista conhecer a relação do atleta com o clube, se teve ou não formação da modalidade e também académica, a sua vida pessoal. Realizo uma entrevista pessoal, embora sempre num contexto informal, e depois uma pequena reunião de grupo, onde tento avaliar a relação entre os atletas e a diferentes maneiras de reagir aos temas, esta reunião é feita sem eles saberem qual o verdadeiro objetivo.


Dentro dessa base que criei, onde vou sempre acrescentando alguns pontos que acho pertinentes, existe um que acho muito importante: a coesão de equipa. E foi aí mesmo que me sustentei para lidar com a situação vivida.Sem rodeios, nem tentando fugir ao tema, fui encontrando argumentos para levantar o moral. É verdade que todos chorámos, todos sentimos muito aquela dor, mas também é verdade que todos nos unimos em torno do que era realmente fundamental, honrarmos a memória dum amigo.


Os treinos dessa semana foram baseados em exercícios de grupo, onde todos dependiam uns dos outros. O objetivo final só podia ser alcançado mediante a intervenção de todos os elementos do grupo, sem esquecer, como é lógico, o jogo seguinte.Existem fatores que nos alertam para os diferentes rendimentos dos atletas, e nesse aspeto eu considero que ao estarmos munidos de avaliação psicológica vai facilitar a nossa intervenção.


Normalmente o que era realizado para trabalhar a coesão e espirito de grupo era os jantares, reuniões, ver espetáculos ao vivo, etc. Mas penso que o que se pretende nesta modalidade é a coesão na realização das tarefas, logo é dentro dessas tarefas que teremos de atuar, ou seja todos têm de trabalhar em prol do coletivo.Existem variados exercícios para trabalhar essa tarefa coletiva, o mais usual será no início do treino o passe e receção entre todos, num espaço limitado utilizando variadas formas de passe e mais para o final do exercício limitando os toques na bola. Mas também poderemos e devemos transformar esse exercício aplicado ao nosso modelo de jogo, seja ele defensivo ou ofensivo.Estes exercícios, não só servem para trabalhar a coesão de grupo, como também melhorar a parte técnica e decisória  dos jogadores, principalmente na nossa realidade.


Relembro que estou a falar duma realidade em que todos são atletas amadores e têm uma ocupação (trabalho ou estudo) diária, em que os diferentes fatores psicológicos são postos em causa.

Por isso mesmo quando "exigimos" dos nossos atletas a concentração, intensidade e o "dar o máximo", não nos podemos alhear do tudo o que eles já passaram nesse mesmo dia de treino. Temos de os saber motivar, quer a nivel dos exercícios de treino, quer através da nossa conduta como responsáveis do grupo.


Posto isto, para mim é fundamental e precioso a psicologia no treino de Futsal
Bem hajam.
Gabi Fernandes

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Defesa à Zona @ Gabi Fernandes

Defesa à Zona em Futsal
O treino desportivo ainda é, em sua maioria, baseado na repetição de gestos técnicos, tanto nas modalidades individuais quanto nas modalidades coletivas. No caso dos Jogos Desportivos Coletivos este método dificulta o desenvolvimento da inteligência e cooperação entre os jogadores por exigir o "como fazer" desvinculado das "razões do fazer". Nesse sentido, este artigo de opinião propõe uma metodologia para o treinamento defensivo á zona no futsal centrada nos jogos condicionados (jogos reduzidos), privilegiando o desenvolvimento tático coletivo.
O futsal é uma modalidade classificada de Jogo Desportivo Coletivo por possuir as seis invariantes atribuídas a esta categoria: uma bola ou implemento similar, um espaço de jogo, adversários, parceiros, um alvo a atacar e outro para defender e regras específicas.
O termo sistema tático é utilizado para descrever o posicionamento dos jogadores em quadra de acordo com a função exercida por cada um. Este posicionamento tático está intimamente relacionado às ações dos adversários. É importante lembrar que a dinâmica do futsal é muito complexa e a troca de funções entre os jogadores é constante, pela exigência de uma intensa movimentação. As equipes costumam modificar seu sistema tático dentro de uma mesma partida, em virtude de possível ineficiência diante do sistema utilizado pelo adversário.
A essência do sistema defensivo repousa na constante busca de adaptação às características do ataque adversário, para a execução da defesa propriamente dita (recuperação da posse de bola), que pode ser centrada nas movimentações da bola, chamada defesa por zona. A marcação por Zona é por sistema realizada na meia-quadra defensiva e apresenta duas variações no futsal - Losango (3x1) ou Quadrado (2x2).
A escolha por um destes sistemas defensivos depende das características dos jogadores da equipe, do sistema tático utilizado pelo adversário e da situação do jogo. Por estes motivos torna-se importante o treino de todas as variantes defensivas.

Marcação ou defesa Zona
Marcação caracterizada pelo posicionamento à meia-quadra, ou melhor, nas Zonas 1 e 2 (Defesa e meia quadra) - sempre atrás da linha da bola; pelas constantes trocas de marcações; e pela espera do erro adversário para roubar a bola e contra-atacar. Na maioria das vezes, estes contra-ataques são perigosos, pois pegam a defesa adversária desposicionada - na transição do posicionamento ofensivo para o defensivo. Neste tipo de marcação, cada defensor é responsável por determinada zona da quadra e pelo adversário que estiver nela. O posicionamento dos defensores ocorre em função do deslocamento da bola.
É uma marcação utilizada quando a equipe adversária apresenta rápida e complexa movimentação, tem bons executantes, ótima técnica e condução de bola, um bom nível de treino ou quando o placar é favorável á nossa equipa.

Pontos Positivos:
  • Facilita a cobertura e a recuperação no caso do drible;
  • Menor desgaste físico dos defensores;
  • Proporciona perigosos contra-ataques;
  • Impossibilita as "bolas nas costas";
  • Fecha o meio de quadra
Pontos Negativos:
  • Possibilita o remate de segunda linha;
  • Aumenta o tempo de posse de bola do adversário;
  • Encobre parcialmente a visão do guarda-redes.
Para a Marcação Zona, os jogos reduzidos utilizados são os de superioridade numérica: 4x2; 3x2; 3x1; 2x1; 4x3; 5x3; e 5x4. Lembrando que no 5x3 e no 5x4 o quinto elemento deve ser o guarda-redes. O 4x3 e o 5x3 são situações que ocorrem em jogos onde uma das equipes tem um jogador expulso.
A superioridade numérica forçará a Marcação Zona, pois os defensores não devem pressionar o portador da bola a qualquer momento, facto que facilitaria a ação dos atacantes. Eles precisam fechar os espaços e esperar o momento certo de pressionar. Assim a movimentação dos defensores será mais em função do deslocamento da bola do que dos adversários (Zona).
Os jogos reduzidos com dois defensores (3x2 e 4x2) facilitam a aprendizagem da Marcação Quadrado, já que os defensores utilizarão a movimentação basculante.
Na minha opinião o treino baseado na repetição de gestos precisa ser repensado no caso dos desportos coletivos. Repensado e não negado. O treino técnico é muito importante para melhorar a performance do atleta, mas nos jogos desportivos coletivos, ele deve vir em menor escala, dando espaço para o desenvolvimento da inteligência tática.
Cabe ao treinador desenvolver suas sessões de treino com o objetivo de desenvolver a inteligência e a cooperação entre os atletas, pois uma boa equipa não é constituída pela somatória de talentos individuais, e sim pela sintonia e compreensão coletiva entre os jogadores.


Gabi Fernandes

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Rentabilização do Tempo de Treino @ Paulo Casca


“Não tenho tempo suficiente para treinar todos os aspetos do jogo que considero importantes para a minha equipa”.
Quantos de nós treinadores já fizemos esta afirmação para justificarmos uma derrota ou uma exibição mais fraca da nossa equipa? Pessoalmente, já utilizei este argumento, mas agora reconheço que a falta de tempo não é justificação para tudo e, principalmente, não podemos ser conformistas ao ponto de achar que o facto de o adversário treinar mais tempo que nós significa, a priori, que é melhor. Reconheço que uma equipa que treina mais vezes por semana deveria apresentar mais e melhores soluções, mas também considero que treinar em quantidade não significa, obrigatoriamente, treinar em qualidade.
Concordo que todos gostaríamos de ter mais tempo para treinar, mas acho que, por vezes, não aproveitamos ao máximo o tempo de treino que temos disponível. Isto leva-nos à questão central deste artigo: rentabilização do tempo de treino.
Como todos os treinadores, julgo que o jogo é reflexo do treino e, como tal, acredito que o segredo do sucesso pode estar muitas vezes na organização dos nossos treinos. Basicamente, acho que não podemos desperdiçar um minuto que seja em situações que não sejam relevantes para o jogo e esta regra ganha ainda maior importância para as equipas que treinam poucas vezes por semana. Isto implica que cada exercício de treino, desde o aquecimento até à última atividade, deve servir para a organização do jogo. Para clarificar esta afirmação, apresento algumas situações práticas:

SITUAÇÃO 1
Tradicionalmente, na parte preparatória do treino (aquecimento), os jogadores realizavam corrida contínua com exercícios de mobilização articular e geral durante 15 a 20 minutos. Para rentabilizar o treino, podemos utilizar esse tempo para os jogadores realizarem exercícios de mobilização geral com um movimento do nosso modelo de jogo, que tanto pode ser uma movimentação ofensiva/defensiva, padrão de jogo, uma bola parada ou outra situação que seja efetivamente aplicada no jogo.
Exemplo de exercício: Padrão de jogo com saída do pivot para o lado da bola:
   

SITUAÇÃO 2
Dedicamos muito tempo do nosso treino a realizar exercícios de passe/receção, condução de bola e finalização sem oposição. A verdade é que, durante o jogo, temos quase sempre um ou mais adversários a dificultar a nossa ação. Assim, sempre que possível, devemos organizar exercícios que tenham oposição porque esta situação está mais próxima daquilo que vamos encontrar no jogo. As estratégias usadas devem sempre ter como pressuposto despertar o  interesse do praticante, recorrendo a jogadas motivantes, isto é, exercícios com presença da bola, oposição, cooperação e finalização.
Exemplo de exercício: Jogo 3x3 em campo reduzido. O treinador está do lado de fora do campo com outra bola na mão. A determinada altura o treinador entrega essa bola a um jogador da equipa que está sem posse de bola. Nesse momento esse jogador ataca 1x0 enquanto os restantes fazem ataque rápido de 3x2.


SITUAÇÃO 3
Na execução de um exercício podemos abordar diversos conteúdos. Esta situação, além de aumentar o tempo útil de treino, torna o exercício muito mais dinâmico.
Exemplo de exercício: Grupos de quatro jogadores. Um grupo realiza saída de pressão e, depois de ultrapassar a 1ª linha defensiva, ataca 3x2 realizando uma transição rápida. Desta forma, no mesmo exercício, treinamos duas situações do nosso modelo de jogo, nomeadamente, saída de pressão e transição defesa/ataque.


SITUAÇÃO 4
Penso que a época de trabalhar no treino a componente física isoladamente já pertence ao passado. Deste modo, o treinador deve promover o treino integrado procurando, dentro do seu conceito de jogo, introduzir exercícios que tenham o objetivo de preparar o atleta em todas as suas vertentes: física, tática, técnica e psicológica. 
Exemplo de exercício: Situação 2x1+1. Jogador azul no canto passa a bola aos vermelhos e defende. Nesse momento o outro jogador azul que está do lado contrário faz um sprint para ajudar a defender. Os vermelhos tentam finalizar. Se os azuis recuperarem a bola podem finalizar nas balizas pequenas para promover a competitividade e tomadas de decisão. Com este exercício conseguimos trabalhar vários aspetos:
Físico: velocidade; Técnico: passe, condução de bola, finalização; Tático: transição ofensiva em superioridade numérica e contenção defensiva. Psicológico: tomada de decisão com incremento da competitividade.


Foram apresentados apenas um exemplo para cada situação, dependendo agora de cada treinador pensar e desenvolver os mais diversos exercícios que se identificam com a sua própria equipa, ainda que dentro desta temática haja muito mais a dizer e a debater.

Paulo Luis (Casca)

sábado, 24 de março de 2012

Alongamentos @ Pedro Pipa

Ora aqui vos deixo mais um estudo feito no Brasil com um tema muito pertinente e nem sempre bem entendido.

TANTO FAZ ALONGAR ANTES OU DEPOIS DO EXERCÍCIO

"O alongamento já foi considerado requisito para a prática de exercícios e prevenção de lesões. Tornou-se popular como uma forma de recompensar os músculos massacrados por corridas, levantamento de peso ou pelos saltos da aeróbica.
A relação parecia óbvia: contraiu? Agora, alongue. Mas como quase nada no funcionamento do corpo é assim tão simples, a corda começou a esticar para os defensores da causa.

Nos últimos anos, surgiram estudos mostrando que se alongar antes do exercício, além de não prevenir lesões, eleva o risco de que ocorram.
A notícia agradou a turma que já não gostava muito da prática, mas se sentia culpada por deixar de fazer algo tão recomendável para um treino saudável. E não convenceu os fiéis defensores do estiramento muscular.

Para complicar a vida de quem busca uma regra clara - alongar ou não - a última grande pesquisa sobre o tema chegou à decepcionante conclusão que... tanto faz!


O maior estudo sobre alongamento feito até hoje, envolvendo 1.400 pessoas de 13 a 60 
anos, mostrou que o número de lesões entre quem se alongou ou não antes de correr foi estatisticamente igual.
Feita pela organização governamental norte-americana para corrida e caminhada Track and Field, a pesquisa foi um balde de água fria para as correntes pró e contra alongamento. Ele nem previne nem induz lesões, afirmam os autores do trabalho.

O mais chato é que, nesse estica e puxa entre entusiastas e críticos do alongamento, o cidadão que quer simplesmente se exercitar da forma mais adequada possível fica sem saber o que fazer.

"Concluir que o alongamento não serve para nada não é o caminho", afirma Mauro Guiselini, mestre em educação física pela USP e especialista em biomecânica do treino de resistência pelo Cooper Institute, dos EUA.
Para Guiselini, o problema é que muitos atribuem à prática uma finalidade para a qual ela não foi construída. "As pessoas usam como se fosse o aquecimento para a atividade física, mas é no máximo uma parte dele, e com efeito muito pequeno."

POSTURA


A ideia de que os exercícios deixarão os músculos mais alongados também é inexata. "O alongamento serve para manter o comprimento fisiológico [normal] do músculo, não vai deixá-lo mais comprido do que é", diz o fisioterapeuta Victor Liggieri, autor de "De Olho na Postura" (ed. Summus).


O treinador da clínica Força Dinâmica Luiz Fernando Alves, formado em esportes pela USP e especializado em dor crônica e prevenção de lesões, reforça que não há consenso sobre o papel do alongamento ou se deve ser feito antes ou após o treino.
"Enquanto a ciência não nos dá a luz, o que é possível fazer é identificar a necessidade de cada pessoa e observar a postura certa durante a execução de qualquer exercício." 


A organização postural também é a resposta para a educadora física Christina Ribeiro, coautora do livro sobre postura.
"Dependendo da forma como é feito, o alongamento pode prevenir lesão ou acentuar um problema preexistente."


Foi o que aconteceu com o psicanalista Daniel Kauffmann, 34. Corredor amador, ele treinava cinco vezes por semana, orientado por uma assessoria de corrida. Fazia tudo direitinho, inclusive a sequência clássica de alongamentos para corrida.
"O erro é usar o mesmo tipo de alongamento para todo mundo. No meu caso, os alongamentos sobrecarregavam o que estava mais frágil. Achava que estava fazendo para prevenir a dor e era o que mais me prejudicava."
Seu problema é o encurtamento da musculatura posterior (do pescoço ao tornozelo) que, com a repetição de gestos e posturas erradas, gerou uma hérnia de disco.
Hoje, ele faz um trabalho corporal que incluiu fisioterapia e reeducação da postura e dos movimentos.


Sua irmã, a consultora de moda Carol Kauffmann, 36, tem história parecida. Também praticante de corrida, fazia o alongamento de praxe, mas isso não preveniu as lesões na tíbia e no pé.
"Eu precisava de um trabalho específico para meu tipo de pisada. Os alongamentos não ajudavam em nada."


PARA QUÊ?

Segundo Guiselini, casos como esses podem ser comuns, mas não provam necessariamente que se alongar para a prática esportiva aumenta o risco de lesão, como sugerem alguns estudos.
Ele lembra que há vários tipos de alongamento. 
"Qual o melhor? Depende. Há técnicas para para recuperar a amplitude, para tensão muscular."
E as lesões podem, sim, ter relação com o encurtamento da musculatura.

O radiologista Marcelo Brejão, 39, descobriu isso quando uma dor nos ombros passou a "corroer a alma". Começou a malhar para perder peso. Ganhou músculos e perdeu gordura com uma hora e meia de musculação quatro vezes por semana e três sessões de uma hora de aeróbica. Achava que se alongar não servia de nada.
"A musculação me deixava atarracado. Descobri que podia compensar com alongamentos para aumentar a amplitude articular."


ESTÁTICO OU DINÂMICO

Para o fisioterapeuta Marcelo Semiatzh, da clínica Força Dinâmica, é preciso trabalhar a amplitude e a distribuição da força muscular.
"Isso é feito de forma dinâmica, um vai e volta das posições de alongamento, sustentadas por cinco segundos, com movimentos leves", diz.
Já o popular alongamento estático não é indicado por Semiatzh como preparação para uma atividade intensa. "Se você estica o músculo, após um tempo ele manda uma mensagem ao cérebro: "estou arrebentando. A resposta cerebral é: relaxa. Então o sistema neuromotor desliga a fibra muscular, para ela não fazer mais força."

E após o treino, é para alongar como? Aqui também as posições se dividem. E tudo depende da forma como os exercícios são feitos. Quem acha que precisa atingir a extensão máxima e que sentir dor é sinal de que está se alongando, pode estar causando o efeito oposto.

Para algumas pessoas, vale fazer movimentos suaves, prestando atenção na organização postural e pensando no que está fazendo. Só não vale fazer qualquer coisa só porque todo mundo faz.
"Quando vejo atletas em parques, penso que há uma epidemia de tríceps encurtados. É todo mundo com o braço dobrado por trás da cabeça. Para que, se esse músculo mal é solicitado na corrida?", questiona Guiselini.

Por essas e outras, o melhor a fazer é treinar o corpinho usando a cabeça."

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Intensidade do Treino vs Jogo @ Pedro Pipa



A diferença entre a intensidade dos jogos, o "tradicional colectivo" em treino simulando o jogo e o treino em campo reduzido.

Segundo um estudo, realizado no Brasil, chegou-se à conclusão que fisiologicamente o "tradicional colectivo" não proporciona ao jogador o mesmo tipo de esforço que um jogo oficial acarreta ao contrário do treino em campo reduzido que segundo esse mesmo estudo gera um esforço muito semelhante ao jogo oficial.

Aqui vos deixo esse interessante artigo científico.
(Está, obviamente em Português do Brasil)


Intensidade de sessões de treinamento e jogos oficiais de futebol


Resumo

O objetivo desse estudo foi identificar e comparar a IE de duas sessões de treinamento (coletivo e campo reduzido) com a IE de jogos de uma competição oficial de futebol. A freqüência cardíaca (FC) de oito atletas juvenis, pertencentes a um clube da primeira divisão do futebol brasileiro, foi medida e registrada durante duas sessões de treinamento (coletivo e campo reduzido) e durante seis jogos de uma competição oficial. A IE registrada nos jogos da competição oficial (166 + 3 bpm e 84 + 1,3 %FCmáx) foi maior em comparação com a IE registrada durante o treinamento coletivo (150 + 3 bpm e 75 + 1,8 %FCmáx). Não houve diferença entre a IE dos jogos da competição oficial e a IE do treinamento em campo reduzido (157 + 5 bpm e 79 + 2,6 %FCmáx). A semelhança entre as IEs do treinamento em campo reduzido e dos jogos oficiais registradas no presente estudo sugere que esta atividade pode ser utilizada como um estímulo específico de treinamento aeróbico para o futebol.


FREQUÊNCIA CARDÍACA EM JOGO OFICIAL


FREQUÊNCIA CARDÍACA EM JOGO REDUZIDO


FREQUÊNCIA CARDÍACA NO TRADICIONAL COLECTIVO


Discussão

Identificou-se no presente estudo que a IE, representada como bpm e %FCmáx, foi menor em jogos coletivos de futebol, freqüentemente utilizados para treinamentos, em comparação com jogos oficiais desta modalidade. Já o treinamento em campo reduzido produziu valores de FC semelhantes aos valores de FC dos jogos oficias. Essa característicase manteve quando os valores de FC foram apresentados em bpm ou %FCmáx. A partir dos resultados obtidos pôde-se identificarque as sessões de treinamento avaliadas foram realizadas em uma IE intermediária (70-85 %FCmáx) para atletas de futebol (COELHO, 2005; HELGERUDet al., 2001), e consideradas como alta para indivíduos saudáveis (ACSM, 1998). Entretanto, HOFF et al. (2002) registraram uma IE de 91,3 %FCmáx em um jogo em campo reduzido com duas equipes compostas por cinco jogadores cada e com constante reposição de bola. É possível que a menor IE encontrada no presente estudo seja devido ao maior número de atletas em cada equipe em comparação com HOFF et al. (2002). Com isso, os jogadores teriam uma menor participação efetiva no jogo, o que diminuiria a IE realizada por cada atleta.

Esse fato foi descrito por SASSI, REILLY e IMPELLIZZERI (2004), que registraram uma maior IE no treino com equipes compostas por quatro jogadores em comparação com o treino com equipes compostas por oito jogadores. Além de HOFF et al. (2002), outros estudos investigaram a IE de jogos de futebol em campo reduzido. CAPRANICA et al. (2001) identificaram a IE realizada por jogadores de futebol de 11 anos de idade, enquanto MILES et al. (1993) registraram a IE em um jogo feminino com quatro jogadoras.No entanto, a IE avaliada nos dois estudos citados foi apresentada em valores absolutos de FC e não valores relativos de %FCmáx, como recomendado (KARVONEN & VUORIMAA, 1988), dificultando a comparação com o presente estudo. Os resultados do presente estudo diferem do estudo de ENISELER (2005), que encontrou valores de FC menores em treinamentos em campo reduzido (135 ± 28 bpm) em comparação com jogos oficiais (157 ± 19 bpm). Essa diferença pode ser devido ao fato de que ENISELER (2005) utilizou 11jogadores em cada equipe, ao contrário do presente estudo que utilizou oito jogadores. 
Como demonstrado por SASSI, REILLY e IMPELLIZZERI (2004), um número maior de atletas nos jogos em campo reduzido faz com que a IE do treinamento diminua. Além disso, a IE registrada por ENISELER (2005) no treinamento em campo reduzido (135 ±28 bpm) foi menor em comparação com o presente estudo (157 ± 5 bpm e 79 ± 2,6 %FCmáx). No entanto, essa comparação torna-se difícil já que ENISELER (2005) também não apresentou osresultados em valores relativizados como %FCmáx, As linhas escuras no eixo X sob a linha de FC representam a duração de cada fase e a FC média durante cada uma das cinco fases do treinamento em que o atleta participou é apresentada sobre as mesmas.

COELHO, D.B. et al.o que seria mais adequado (KARVONEN & VUORIMAA,1988).De acordo com BARBANTI, TRICOLI e UGRINOWITSCH (2004), seria interessante para o desempenho em uma modalidade esportiva, que a IE do treinamento fosse similar ou maior do que aquela imposta nas situações de competição. Portanto, a semelhança entre as IEs do treinamento em campo reduzido e dos jogos oficiais registradas no presente estudo sugere que um estímulo específico de treinamento aeróbico para essa modalidade foi alcançado nesta atividade. Já ESTEVELANAO, FOSTER, SEILER e LUCIA (2007) não identificaram que as altas intensidades fossem fatores determinantes no aumento do rendimento de corredores espanhóis de meio-fundo, ao monitorar grupos que treinaram com programas com intensidades diferentes por um longo tempo (cinco meses). Deve-se considerar a diferença entre as especificidades da modalidade avaliada no presente estudo, classificada como intermitente de altaintensidade relativo também a fatores como força e velocidade determinantes, e as corridas. Tendo sido identificado que a IE dos treinamentos em campo reduzido representada em valores absolutos e relativizados não foi diferente da IE de jogos oficiais, supõe-se como implicação deste achado, que estas atividades podem representar um estímulo de treinamento aeróbio semelhante (HOFF et al., 2002) ou, às vezes, até mais intenso e específico para o futebol em comparação com outros tipos de treinamentos, como o treinamento aeróbico intervalado (SASSI, REILLY & IMPELLIZZERI, 2004). Pode-se sugerir também que jogos em campo reduzido podem substituir em parte este tipo de treinamento, com o objetivo de manter o condicionamento físico durante a temporada competitiva (REILLY & WHITE, 2004). 
Já o treinamento coletivo produziu uma IE menor em comparação com os jogos oficiais. Mesmo essa sendo uma atividade comumente utilizada nos treinamentos e de grande valor para o aperfeiçoamento técnico e tático dos jogadores, pode não representar um estímulo tão eficiente no aperfeiçoamento e manutenção da capacidade aeróbia.
Autores:
Daniel Barbosa COELHO; Vinícius de Matos RODRIGUES, Luciano Antonacci CONDESSA, Lucas de Ávila Carvalho Fleury MORTIMER, Danusa Dias SOARES, Emerson SILAMI-GARCIA


Este artigo é só mais uma prova sobre o quão é fundamental treinar em campo reduzido, tanto o ano passado no Instituto D.João V como este ano no U.D.Leiria, os jogos em campo reduzido são parte dominante nos treinos, seja para treinar táctico, técnico ou qualquer outro aspecto. E vocês? Usam muito os jogos em campo reduzido?

Pedro Pipa

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

5x4 Ataque @ Nuno Dias


Ataque 5x4.


Um Modelo de Jogo bem definido prevê o maior número possível de situações que podem ocorrer num jogo. E o 5x4 é um exemplo disso…
As situações de 5x4 (Gr. avançado), são cada vez mais frequentes, É claramente uma situação de risco, assumida pela equipa técnica!

É unânime que deverão existir movimentos pré determinados para esta situação, de forma que, quanto menos um jogador tiver de improvisar, melhor será a sua tomada de decisão para o sucesso.

Nuno dias