quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ataque ou Defesa? @ Pedro Pipa

Uma coisa clara e que todos nós sabemos é que, sempre que uma equipa tem a posse de bola esta encontra-se no seu processo ofensivo e que por outro lado a equipa que não tem a sua posse se encontra no seu processo defensivo. É também lógico concluir que estes dois processos estão interligados entre si e que é impensável treiná-los e analizá-los de forma isolada.

Nas transições, por exemplo, é extremamente fácil analisar quem está a atacar e a defender. É tudo sobre um factor comum: a posse de bola. Quem a possui está na sua transição defesa-ataque (ofensiva) e quem não a possui está na sua transição ataque-defesa (defensiva).

Aproveitando umas leituras online sobre Futsal eis que, numa determinada altura, surge uma interrogação pertinente:

Imaginem a seguinte situação:
- A nossa equipa está a ganhar e adoptamos uma estratégia de posse de bola principalmente no nosso meio campo defensivo, com o intuito de "apenas" esperar que o tempo se esgote. Por outro lado a equipa adversária adopta um estratégia de grande pressão com o objectivo que recuperar a bola para poder criar umas situações de finalização.

A pergunta é: Quem está a atacar? E quem está a defender?


É muito comum situações destas ocorrerem nos nossos jogos e leva-me a concluir que a posse de bola, por si só, pode não determinar a atitude e o objectivo de uma equipa.

Cumprimentos
Pedro Pipa

3 comentários:

Amigo Pipa... Mais um tema pertinente...

A minha opinião é simples e objectiva... o processo defensivo no meu entender tem o seu início muito antes de perdermos a posse de bola. Se de uma forma pouco abrangente e mais virada ao "senso comum", podemos dizer que a posse de bola é que determina em que processo nos encontramos (defensivo ou ofensivo), na realidade, o que me faz dizer que o nosso processo defensivo tem o seu início na nossa posse de bola é derivado aquele grande "chavão" que todos nós treinadores utilizamos, agora com cada vez com mais frequencia que é "coberturas"... Todos nós a utilizamos diversas vezes!!!

exemplo:
Se quando tenho posse de bola, na minha organização ofensiva, previligio as coberturas ao portador, quero com isto dizer que além de linhas de passe seguras de opção, estou a posicionar me no campo de uma forma que me permita estar correctamente posicionado para defender caso a minha equipa perca a posse de bola... ou seja, iniciei o processo defensivo (nem que seja de uma forma meramente posicional) ainda com posse de bola...

abraços aqui do frio de Moscovo

Boas. Esta é uma questão muito difícil de responder, e acho que a resposta depende quase da opinião de cada um, e por isso mesmo será sempre uma questão em aberto.

Se fosse tudo preto e branco, se tivéssemos bola, estávamos a atacar, e se são tivéssemos estávamos a defender, ponto. Mas concordo com o Pedro Pipa, a posse ou não de bola não determina o objectivo da equipa, não é assim tão linear.

Na minha opinião, é uma questão de princípios, acções e objectivos. Ofensivos e defensivos. Neste exemplo que o Pedro Pipa dá, embora a equipa tente guardar a bola, estamos a atacar. E só teremos sucesso a guardar a bola com mobilidade, criação de espaços, passes, desmarcações, etc. Se estamos a utilizar princípios e acções ofensivas… estamos a atacar, embora nesta situação o objectivo principal não seja o golo. A outra equipa está a tentar recuperar a bola para criar situações de finalização. Se está a tentar recuperar a bola, está a defender. Acho que é indiferente estar a pressionar alto ou a defender muito baixo, o objectivo final é ganhar a bola, seja para impedir a outra equipa de marcar golo ou para criar situações de finalização.

Mas como o Nuno Dias diz, estamos a utilizar coberturas para nos posicionarmos correctamente para defender caso percamos a bola. Na minha opinião, se estamos a aplicar princípios e acções individuais e colectivas ofensivas, estamos a atacar. Mas como ao atacarmos temos a preocupação de realizar coberturas, estamos no mínimo a preparar o processo defensivo. Por isso, estamos no processo ofensivo… e defensivo. Agora se quantificarmos acções, princípios e blábláblá, podemos discutir se estamos mais no processo ofensivo do que no defensivo, mas é sempre difícil analisar. É como o Pedro Pipa diz, os dois processos estão interligados e é impossível separá-los…

Abraço.

Luís

Gostei e concordo em grande parte com a tua opinião Luis ;)

Abc

Mica12

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